
20 a 26 de janeiro de 2019
CURSO DE FÉRIAS
EM IMUNOLOGIA

Imunologia de Tumores
Equipe:
Prof. Dr José Alexandre Margazão Barbuto
Célia Regina Pinto Pizzo – Técnica de Laboratório
Elizabeth Alexandra Flatow – Doutoranda
Gabriela Coeli Menezes Evangelista – Doutoranda
Mariana Pereira Pinho – Doutoranda
Nadia Emely Chauca Torres – Mestranda
Patricia Cruz Bergami-Santos – Pesquisadora Associada
Salomão Dória Jorge – Pós-doutorando
Sumara de Freitas – Iniciação Científica
Thiago Andrade Patente – Doutorando
As células dendríticas derivadas de monócitos disfuncionais no câncer são uma explicação para as falhas da vacina contra o câncer?
Barbuto JAM.
Diversas estratégias vêm sendo sistematicamente testadas como novos tratamentos contra tumores. Apesar de avanços significativos recentes nas áreas de quimioterapia, cirurgia e radioterapia, a área de imunoterapia contra tumores é a que mais tem chamado atenção nos últimos anos, devido aos recentes avanços com tratamentos imunoterapêuticos que mostraram resultados animadores no combate à doença e que, hoje, já foram incorporados à prática médica.
A Imunoterapia foi idealizada a mais de 100 anos como uma possível forma de tratamento contra tumores por meio da mobilização do sistema imune para que este pudesse eliminar especificamente as células tumorais. Neste contexto, surgiu a ideia de vacinas antitumorais, que são formulações terapêuticas capazes de gerar, no indivíduo com câncer, uma resposta imune específica contra seu próprio tumor. Muitas dessas vacinas são feitas de células dendríticas, as células apresentadoras de antígeno profissionais mais potentes
do sistema imune, juntamente com o antígeno tumoral. Estas células são geradas em cultura a partir de precursores presentes no sangue do próprio paciente (monócitos).
Infelizmente, até hoje, a eficiência das vacinas de células dendríticas no combate ao câncer está muito abaixo da esperada pelos cientistas. Diversos esforços estão sendo feitos pela comunidade científica visando entender o motivo deste resultado desanimador. Estudos com estas células dendríticas derivadas de monócitos dos pacientes com câncer mostraram que estas células, por causa da presença do tumor, apresentam diversos defeitos funcionais. Sendo assim, estas alterações, que impedem que as células dendríticas exerçam sua função efetora adequadamente, podem ser uma explicação para a baixa eficiência das vacinas de células dendríticas. Este conhecimento, então, pode e está sendo utilizado pela comunidade científica afim de tornar as vacinas antitumorais mais eficientes no combate ao câncer.
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Para maiores informações acesse o artigo pelo Link:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23413899
Immunotherapy. 2013 Feb;5(2):105-7. doi: 10.2217/imt.12.153.